Disciplina - História

Narradores de Javé - Oralidade e escrita

Javé é uma localidade fictícia, no sertão nordestino, que está prestes a ser inundada pela construção de uma hidrelétrica. Para alterar a direção dos acontecimentos, seus poucos moradores resolvem escrever a história da cidade, com o objetivo de transformá-la em patrimônio histórico e preservá-la. Com a necessidade premente de escrever um documento "científico", Biá vê a possibilidade de se retratar diante da cidade e inicia suas entrevistas com alguns moradores antigos, tentando reescrever a história de Vale de Javé. No entanto, as histórias (são 5 versões diferentes) sobre os personagens se contradizem, e o "escrevinhador" se vê diante da difícil tarefa de reunir, a partir das versões escutadas, uma única história, que tem a quase impossível tarefa de lhes salvar do irremediável "progresso". Ao longo de todo o filme, a diretora aborda a questão da fala e de uma disputa entre a história oficial e aqueles excluídos dessa história, estabelecendo uma relação entre a oralidade e a escrita.



Nesse trecho, o escrivão Biá revela aos moradores de Javé a impossibilidade de transpor as narrativas contadas para o texto escrito. Esse fragmento permite ao professor despertar uma discussão sobre o trabalho do historiador com fontes escritas e orais.



(Narradores de Javé), Drama, Brasil, 2003, 100 min., COR. Direção: Eliane Caffé.



Palavras-chave: comunidade, cultura popular, gênero, história, historiografia, oralidade, narrativa.

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