Disciplina - História

A Revolta de 1957 no Sudoeste do Paraná - Encaminhamento

1ª Aula

Para iniciar essa sequencia de aulas sobre a Revolta de 1957, o professor exibirá essas duas fotografias sem mencionar qualquer informação sobre elas.
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Revolta de 1957

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Durante a exibição das fotografias, o professor provocará os estudantes com as seguintes questões:
1. Em qual parte da cidade essa foto foi tirada?
2. Qual a expressão das pessoas retratadas nessa foto?
3. Quais objetos elas procuram mostrar?
4. Qual tipo de roupas essas pessoas vestem?
5. Você identifica mulheres ou crianças nessa imagem?
6. Essa fotografia é espontânea ou as pessoas fizeram pose para o fotografo?

Com essas questões, espera-se que os estudantes percebam que as fotos foram tiradas na rua de uma cidade e que as pessoas estão com um semblante de contentamento. Os sujeitos capturados nas fotografias, usam roupas simples, mostram suas facas, facões, armas e, um deles, na primeira foto, segura a bandeira do Brasil. É também na primeira foto que encontramos imagens de crianças.

Depois de respondidas as questões, o professor fará a conexão entre as respostas e contexto da fotografia, explicando que essas imagens foram capturas em duas cidades do sudoeste do Paraná e retratam a vitória dos colonos sobre os jagunços, em 1957. Esses homens lutaram pela posse da terra e posaram para o fotógrafo desfrutando da vitória. Usaram suas facas e facões contra as armas de fogo dos mercenários contratados pela companhia de terras para expulsá-los de suas moradias. Os chapéus que adornam suas cabeças indicam a ocupação dos agricultores. As mulheres não estão na foto, pois não participaram desse conflito empunhando armas, embora tenham sofrido com a morte de filhos e maridos. Mas o que motivou esse conflito? Quem eram os colonos? Quem eram os jagunços? Qual companhia de terras esses colonos derrotaram?

Informações sobre a Revolta de 1957

A delimitação das fronteiras do Estado do Paraná ocorreu em 19 de novembro de 1899, quando o estado deixou de ser a 5ª Comarca de São Paulo. No entanto, o Paraná passou por novos arranjos territoriais em 1912, com a Guerra do Contestado (quando perdeu parte de seu território para Santa Catarina), e em 1943, com a criação do Território Federal do Iguaçu. Esta região passou a ser controlada pelo governo Federal e, embora tenha se dissolvido em 1946, causou forte impacto na formação do Estado do Paraná.
A preocupação de Getúlio Vargas ao criar o Território do Iguaçu era a de ocupar a região para proteger os limites do Brasil. Para cumprir tal missão, o governo criou a Cango (Colônia Agrícola General Osório) e cedeu terras para colonos interessados em explorar e ocupar o sudoeste do Paraná. Esta ação favoreceu a ocupação dessa região do Paraná, mas não garantiu aos colonos a propriedade da terra, apenas a posse. Em 1950, por meio de uma manobra política apoiada pelo governador paranaense Moysés Lupion, essas terras passaram ao controle da Citla (Clevelândia Industrial e Territorial Ltda). Esta companhia queria vender as terras e, para retirar os colonos residentes, contratou jagunços e agiu com extrema violência, matando pessoas e impondo um estado de terror em toda a região.

2ª Aula

  • Com as indagações propostas na primeira aula, o professor retomará a discussão a fim de respondê-la com o auxílio da leitura e interpretação do texto de Carlos Lemos, publicado na Revista Manchete, em 1957.
Com base na reportagem de Carlos Lemos, da Revista Manchete de 1957, responda as seguintes questões:
1. Por que o jornalista afirma que o Paraná esteve em guerra? Nessa primeira questão, os estudantes devem destacar que os colonos se organizaram contra as companhias colonizadoras que se dizem proprietárias das terras as quais eles viviam.
2. Quem eram os colonos que ocupavam a região sudoeste do Paraná? Os alunos devem destacar que eram, em sua maioria, gaúchos descendentes de italianos, alguns catarinenses, poloneses e alemães.
3. O jornalista afirma: "a terra é rica e tem futuro. Por isso e disputada com o argumento das carabinas". Responda, quais são as riquezas das terras? Os estudantes devem observar que a principal riqueza dessa região era a madeira, o pinheiro. Além disso, os colonos já haviam instalado uma agricultura diversificada.
4. Embora a terra tenha riquezas, como era a condição de vida das cidades-sedes? De acordo com o texto, as principais cidades eram pequenas e pobres, sem infraestrutura básica (esgoto e luz elétrica) e praticamente sem informação e comunicação.
5. Como Carlos lemos define a gente que vive nesta região do Paraná? O jornalista escreveu: "A gente é boa, ordeira e pacífica. Só o desespero a levaria até os conflitos que lá se desenrolam. São gaúchos que só deixam suas terras para ir à igreja no povoado, aos domingos. Apesar de lembrar o antigo 'far-west' americano, não existem os 'saloons' e os pistoleiros".
  • As questões e as respostas deverão ser registradas nos cadernos dos estudantes. Para complementar as informações obtidas por meio da leitura dessa fonte, o professor encaminhará os alunos ao laboratório de informática para pesquisar mais informações sobre o tema da aula. A enciclopédia livre Wikipedia resume o conflito com o uso de referências bibliográficas confiáveis.
  • Caso o professor não tenha acesso ao laboratório de informática, ele pode optar pela leitura de um fragmento do texto de Éverly Pegoraro sobre o conflito e 1957.
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Artigo

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Link externo

Acesse a Revolta dos colonos na Wikipedia


3ª Aula

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Revolta de 1957


  • Para finalizar esta sequência de aulas, o professor exibirá o vídeo Revolta de 1957. O objetivo é sistematizar as informações acerca desse conflito.
    Ao assistir esse vídeo se espera que os estudantes: identifiquem os sujeitos envolvidos no conflito (colonos e jagunços); conheçam o papel das companhias de terras (Cango e Citla); percebam a importância das rádios locais na articulação das ações dos posseiros;
    compreendam os aspectos violentos das ações da Citla; reconheçam a Revolta de 1957 como um evento que favoreceu os colonos, pois eles passaram a ser proprietários das terras que ocupavam terras.
  • Essas reflexões são interessantes porque permitem aos estudantes se identificarem enquanto sujeitos históricos, ou seja, compreenderem que suas ações podem ser reconhecidas como relevantes num determinado contexto histórico.

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